Dentre todas as mudanças e adequações que foram feitas para que a economia mundial não parasse devido ao surto de coronavírus, umas das que mais ganhou notoriedade foi a adaptação do contato físico para o digital. As videoconferências estão substituindo reuniões presenciais em todos os setores profissionais para garantir que as pessoas não precisem ter proximidade durante o isolamento social. O mundo dos negócios está passando por uma revolução tecnológica e as empresas de todos os segmentos estão se adaptando da melhor maneira possível para não ficarem ultrapassadas nessa transição.
Essa mudança de forma repentina nas relações profissionais, que num primeiro momento deixou as pessoas bastantes assustadas, atualmente tem agradado empresários dos mais variados ramos, que estão encontrando nesse “novo” modo de atendimento ou reunião, uma economia de tempo e dinheiro que até meses atrás não era nem cogitada. E não somente startups ou multinacionais estão usando dessas plataformas digitais para resolverem o problema do contato remoto. Os principais aplicativos de videoconferência registaram um número histórico de 62 milhões de downloads em apenas uma semana no mês de março, data em que o surto explodiu no mundo.
As alterações de hábitos que estamos vivenciando nos últimos meses, têm feito o mundo buscar uma solução para que os negócios e a economia não parem. E, as videoconferências, que já existem há muito tempo, estão se mostrando ser a solução para a continuidade do contato entre as pessoas. Segundo a Microsoft, nunca se consumiu tanto dessa opção de comunicação como está sendo usada agora, em função da pandemia.
A demanda por ferramentas que contribuam para o trabalho remoto tiveram, e ainda continuam tendo, um crescimento superlativo em comparação aos anos anteriores. Uma das empresas, que mais se destacou no mercado durante o último trimestre registrou um aumento nos lucros de mais de mil porcento. A procura em grande escala, por outro lado, acabou prejudicando um pouco a qualidade dos serviços oferecidos por estas grandes startups.
Em paralelo a isso novas empresas estão surgindo, oferecendo as mesmas funcionalidades, porém de forma mais segmentada. Plataformas de atendimento digital, criadas especialmente para vídeo aulas, ou até mesmo para consultas médicas através de videoconferência, tem se mostrado uma ótima solução para resolver o atrito do distanciamento social, oferecendo um serviço mais próximo e humanizado. Redes médicas têm se adaptado para que os pacientes possam ter contato com seus médicos sem sair de casa.
Segundo a Psicanalista Christiane Theiss que já usava o atendimento online de maneira esporádica antes da pandemia, no momento em que ela se viu obrigada a pausar os atendimentos presencias a rotina mudou completamente, “estamos falando de uma mudança de três ou quatro atendimentos para trinta ou quarenta, e de um dia para o outro”. Conforme já era esperado, no início houve um certo receio por parte dos pacientes, porém conforme as semanas foram passando a procura aumentou bastante.
Assim como na medicina, vários outros segmentos que aderiram aos atendimentos online, tiveram esse temor inicial por parte dos usuários, porém como estamos presenciando um momento inédito na vida de todos, a adaptação acaba se tornando necessária e dessa maneira até um pouco mais fácil.
Sobre o futuro das consultas online, a psicanalista aponta “podemos retomar os atendimentos presenciais, mas também manter os on-line, bem como realizar uma mescla para que melhor possa ser trabalhada a proximidade já conhecida do ser humano – por exemplo, uma sessão presencial mensal e as demais virtuais”. Ela destaca ainda as facilidades dessa nova realidade tanto para pacientes, quanto para os profissionais “os atendimentos virtuais acabam por facilitar o deslocamento e baratear o custo do espaço físico de um consultório ou clínica, por exemplo”.
Atendo Global 